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Historiantics: Em Busca da Utopia - História, curiosidade, Crítica e Transformação Social Bem-vindo ao Historiantics, um blog de história e curiosidade que mergulha nas profundezas do passado com um olhar crítico e irreverente. Aqui, questionamos as narrativas oficiais, fazemos sátiras bem consolidadas. Com análises perspicazes e um toque de humor ácido, desvendamos as contradições, as injustiças e as esperanças que moldaram o nosso passado.
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Delegado Sérgio Fleury: o Homem que caçou Carlos Marighella (e achou)
Ah, o Delegado Fleury... Uma figura tão controversa quanto emblemática da ditadura militar brasileira. Conhecido por sua brutalidade, métodos pouco ortodoxos e uma certa "queda" por dar uns "tapas" nos militares, ele se tornou uma espécie de lenda - ou pesadelo, dependendo do ponto de vista - na luta contra os "inimigos do regime". Prepare-se para uma viagem pela carreira desse personagem peculiar, que misturava truculência, ironia e uma relação, digamos, "complicada" com as Forças Armadas.
O início de carreira: um "talento" em ascensão
Sérgio Paranhos Fleury começou sua carreira policial como investigador na década de 1950, logo demonstrando um "talento" especial para lidar com a "bandidagem". Seu estilo agressivo e implacável rapidamente chamou a atenção de seus superiores, que viam nele um potencial "trunfo" na repressão ao crime. Mas Fleury não era apenas um policial "durão". Ele tinha um senso de humor peculiar, uma ironia ácida que usava para debochar de seus inimigos - e, às vezes, até de seus colegas.
Em 1964, com o golpe militar, Fleury viu sua oportunidade de brilhar. Promovido a delegado, ele se tornou um dos principais agentes da repressão política, atuando no temido Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Era o início de uma era de terror para os opositores do regime - e de algumas "lições de moral" para os militares que se atrevessem a cruzar seu caminho.
A invasão da cadeia de Guarulhos: Fleury, o "justiceiro" impaciente
Uma das histórias mais emblemáticas da carreira de Fleury é a invasão da cadeia de Guarulhos, em 1969. Na época, a prisão era um foco de resistência à ditadura, abrigando diversos presos políticos. Fleury, é claro, não podia deixar isso barato. Mas havia um detalhe: os militares responsáveis pela segurança da cadeia estavam demorando para agir. E Fleury, como sempre, não tinha muita paciência.
Em uma operação cinematográfica - e totalmente ilegal -, ele liderou um grupo de policiais na invasão da cadeia. A ação foi marcada por violência e truculência, com Fleury e seus homens espancando e torturando os presos. A mensagem era clara: ninguém estava a salvo da fúria do delegado - nem mesmo os militares que ousassem "enrolar" demais.
A caçada a Marighella: o "ápice" da carreira de Fleury
Mas o "grande feito" da carreira de Fleury ainda estava por vir. Em 1969, ele foi encarregado de capturar Carlos Marighella, o líder da guerrilha urbana que desafiava o regime militar. A caçada a Marighella se tornou uma obsessão para Fleury, que usou todos os meios possíveis - legais ou não - para encontrá-lo. E, claro, não perdeu a oportunidade de dar umas "cutucadas" nos militares que, segundo ele, não estavam se esforçando o suficiente.
Finalmente, em novembro daquele ano, Fleury conseguiu sua "vitória". Marighella foi emboscado e morto em uma operação brutal, que envolveu tortura e execução sumária. O delegado se tornou um herói para os militares - pelo menos para aqueles que não tinham levado uns "tapas" dele antes.
Fleury e os militares: uma relação de "amor e ódio"
A relação de Fleury com as Forças Armadas era, no mínimo, peculiar. Por um lado, ele era um aliado importante na repressão aos "subversivos". Por outro, sua truculência e desrespeito à hierarquia militar causavam atritos constantes. Fleury não hesitava em criticar - e até agredir fisicamente - militares que considerava incompetentes ou "frouxos".
Essa postura "rebelde" rendeu a Fleury alguns desafetos nas Forças Armadas, mas também uma certa admiração por parte de alguns militares que viam nele um exemplo de "ação" e "coragem". No fim das contas, Fleury era um personagem complexo, que transitava entre a lealdade ao regime e a rebeldia contra a autoridade.
O legado de Fleury: entre o mito e a realidade
Após a ditadura, Fleury continuou atuando na polícia, mas sua estrela já não brilhava tanto. Acusado de diversos crimes, incluindo tortura e assassinato, ele se tornou um símbolo do lado mais sombrio do regime militar. Em 1979, Fleury morreu em um suposto acidente de barco. As circunstâncias de sua morte permanecem um mistério, alimentando teorias conspiratórias e especulações.
Hoje, o legado de Fleury é controverso. Para alguns, ele foi um herói que lutou contra o "comunismo" e defendeu a "ordem". Para outros, um torturador sanguinário que envergonha a história do Brasil. Independentemente da opinião, uma coisa é certa: Fleury foi um personagem marcante da ditadura militar, cuja história nos lembra dos perigos do autoritarismo, da violência estatal e da "criatividade" na hora de lidar com a hierarquia militar. Que sua trajetória sirva de alerta - e de motivo para algumas risadas irônicas - para as futuras gerações.
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